Apesar de ser perseguida por bancos e governos, ela (a poupança) ainda assim continua como o processo de desenvolvimento e crescimento econômico mais saudável e sustentável que até então se pode conceber. A poupança não serve apenas para acumulo de capital, mas também para manter o processo de produção, aqueles que consomem menos que a sua parcela de bens produzidos serão os mesmos que financiarão a produção até que o consumidor entre em jogo como pagador final, ou seja, os poupadores são responsáveis diretos pela prosperidade geral, pois sua poupança beneficia os consumidores.

Uma das consequências do aumento da poupança voluntária é a tendência de surgimento de uma nova estrutura produtiva (mais ampliada e alargada), isto ocorre devido ao aumento do salário real e também do estoque de bens de capital. A renda bruta total do exercício permanece a mesma (pois houve apenas a troca de consumo por poupança), porém, a sua distribuição torna-se completamente distinta. Uma prática contrária ao aumento da poupança voluntária – caso os indivíduos consumam mais e poupem menos – não aumentará o estoque de bens de capital e salário real, mas sim, o seu consumo, o que resultará em uma diminuição da capacidade produtiva e da produção de bens e serviços de consumo final, dando lugar a um empobrecimento generalizado da sociedade.

A poupança, a acumulação de capital, criou e preservou até o momento o alto padrão de vida das sociedades mais desenvolvidas. A única política que pode efetivamente beneficiar empregados e empresários é a política que se abstenha de pôr quaisquer obstáculos à formação de poupança e à acumulação de capital.


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